Longen diz que unificação do ICMS provocaria fuga das indústrias do Estado


Ela esclareceu que por se tratar de PRS o projeto não passa pela Câmara e não precisa da sanção ou veto da presidente da República, precisando apenas da maioria simples do Senado

OBSERVATÓRIO: Sérgio Longen, presidente da FIEMS (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul) defende que a reforma do ICMS pode ser prejudicial para o estado.
A preocupação é justificada, pois com a proposta que tramita no Senado Federal de unificar em 4% as alíquotas atuais (12% - Estados em desenvolvimento e 7% - Estados desenvolvidos) as indústrias iriam buscar as regiões que são naturalmente mais competitivas, face a proximidade do mercado consumidor. Como por exemplo a região sudeste.
A proposta de alíquota única terá duplo impacto. Além de acabar com o atrativo da diferenciada carga tributária regionalizada, deixará a maioria dos estados órfãos de uma política de desenvolvimento regional. Aumentando a relação de dependência do Governo Federal com a já conhecida e ineficiente política de criação de fundos e repasses compensatórios.
Uma análise dos últimos dez anos comprova que esta diferenciação das alíquotas interestaduais cumpriu seu papel, onde a distribuição da arrecadação nominal do ICMS no Brasil cresceu na Região Norte (0,49%), Nordeste (1,44%) e Centro-Oeste (0,65%) ; e diminuiu no Sudeste (2,47%) e Sul (0,12%).

Apenas para o MS representou um acréscimo de 0,18% na fatia do bolo nacional, significando 702 milhões a mais no ano de 2014, ou seja, o valor correspondente a um mês adicional de arrecadação do imposto.

Estudo: Observatório Econômico – SINDIFISCAL/MS
Equipe de pesquisa do Observatório Econômico:
Marcos Miranda
Rodrigo da Rocha.

Clauber Aguiar - Diretor 

Matéria original
Distribuição da Arrecadação do ICMS Nacional
(Elaborado pelo Fato Gerador)